sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

SURDO ou DEFICIENTE AUDITIVO? Qual a Diferença?

Muitos ficam na dúvida se devem dizer deficientes auditivos ou surdos, mas afinal, qual o nome correto?

Para surpresa de muitas pessoas, os dois nomes são corretos, e existem sim muitas diferenças entre eles e colocamos aqui algumas delas para entendermos um pouco melhor.


A Educação de Surdos desde o Século XV foi tratada como caso patológico passível de ser curada, daí o interesse de vários médicos nos estudos de pessoas surdas, levando em consideração que muitos profissionais interessados na causa tinham algum parente surdo.


De início acreditava-se que a oralização era a mais eficaz forma de educar surdos visto que a sociedade se comunicava através da oralidade, neste período os gestos (como eram chamados os ditos sinais) deveriam ser a todo custo banidos da comunicação surdo-surdo e surdo-ouvinte, este método ficou conhecido como Oralismo.

Durante o Oralismo o surdo era tratado como Surdo-mudo, ou o mais comum: Mudo.

A sociedade, sobretudo os médicos e educadores observando que tal nomenclatura era errônea, depois de vários estudos chegou à conclusão que o aparelho fonador do surdo assim como os dos ouvintes estavam preservados, sendo assim o termo mudo não era (e não é) cabível, contudo, o sentimento de “culpa” e de discriminação determinou o tão conhecido termo Deficiente Auditivo como o mais correto para se reportar às pessoas surdas.

O termo Surdo tem sido utilizado quando a pessoa com surdez é caracterizada como surdez profunda, no âmbito da medicina, quando é leve ou moderada ainda persiste o termo Deficiente Auditivo, já na Comunidade Surda, o Surdo é aquele que é usuário de Libras e é pertencente a tal.

Se ao termo Deficiente Auditivo não estiver impregnada de preconceito por parte de quem o utiliza não deve ser errôneo, do ponto de vista que devamos tratar o termo DEFICIENTE não como incapaz, mas como Déficit, ou seja, algo que não está em sua totalidade, mas que não impede da pessoa viver em sua plenitude, caracterizando também aos que não são usuários da LIBRAS e fazem a leitura labial.

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